A obesidade é uma das principais preocupações de saúde pública em todo o mundo, e Portugal não é exceção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma doença crónica, causada pela combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.
Segundo os mais recentes dados do Inquérito Nacional de Saúde, em 2019, cerca de 53,6% da população portuguesa apresentava excesso de peso, incluindo obesidade. Este número tem vindo a crescer nas últimas décadas, sendo a obesidade um dos principais fatores de risco de doenças crónicas que representam a principal despesa em saúde, como a diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, entre outras.
As principais causas de obesidade em Portugal são o sedentarismo, o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, falta de sono e stress crónico.
Para combater esta problemática, é necessário uma abordagem integrada e multidisciplinar. É importante que a sociedade esteja consciente dos perigos da obesidade e da importância de manter um estilo de vida saudável. As políticas públicas devem criar condições que promovam a atividade física, a disponibilidade de alimentos saudáveis e a educação alimentar, desde o ensino básico às comunidades.
Os cuidados de saúde primários desempenham um papel fundamental na prevenção e tratamento da obesidade. É fundamental que os profissionais de saúde estejam sensibilizados e preparados para orientar os seus pacientes na adoção de um estilo de vida saudável, incluindo a promoção de atividade física, alimentação saudável e apoio psicológico.
A obesidade não é uma condição irreversível. Com acompanhamento adequado, é possível controlar e prevenir a obesidade, melhorando a qualidade de vida e prevenindo doenças crónicas. A consciencialização da sociedade geral e a implementação de políticas públicas adequadas são fundamentais para combater esta epidemia silenciosa.
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